Com a chegada da época das eleições a
frase "a publicidade é a alma do negócio"
se torna o lema da grande maioria dos candidatos, que sempre investiram pesado
na propaganda. Do mais simples panfleto a um mais caprichado vídeo com propostas
de governo no horário eleitoral gratuito, as opções estão aí e de forma cada
vez mais acessível. Mas será que usam todo esse poder publicitário de forma
coerente com a posição que almejam?
Infelizmente, uma
grande parte das propagandas políticas é irregular de alguma forma, os candidatos
a futuros representantes da lei já começam infringindo-as.
Não faltam eleitores
revoltadas com a poluição visual e sonora. Afinal, quem gosta de ver sua cidade
suja com panfletos e santinhos espalhados pelo chão, cavaletes e cartazes em
todos os cantos, carros de som a todo o volume quase sempre em horários e
locais inapropriados? Sem falar em todos os e-mails, mensagens de texto e
ligações, que são uma invasão de privacidade sem tamanho.
Para nós, fica a pergunta, é esse tipo de pessoa que queremos como representante? Com um começo desses, vai além da imaginação o que seria feito após a conquista do tão desejado cargo por eles.
Um grupo desses
eleitores criou um projeto chamado "Sujo Sua Cara", que tem como
slogan: "Você suja minha cidade e eu sujo sua cara". Armados com
canetas, canetões, tinta spray e adesivos fazem uma intervenção artística nos
inúmeros cavaletes espalhados por toda a cidade, e convidam a todos os que,
assim como eles, estão insatisfeitos com a impunidade e querem fazer algo a
respeito.
A ideia surgiu após
um dos idealizadores quase sofrer um acidente devido a um cavalete que voou em
direção ao seu carro por causa do vento. Em 2010 criaram um Tumblr com os
primeiros materiais e daí em diante o grupo só cresceu. Hoje, no Facebook,
recebem inúmeras fotos de seguidores por todo o país.
Vale ressaltar que só
são “atacados” os materiais de campanha que estão dispostos de forma irregular
de acordo com a lei 9.504, que permite a colocação de cavaletes, bonecos, cartazes,
mesas para distribuição de material de campanha e bandeiras ao longo de vias
públicas, desde que não dificultem o bom andamento do trânsito de pessoas e
veículos, e também não permite esses materiais em árvores e nos jardins
localizados em áreas públicas.
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